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Ambiente de Trabalho Tóxico: Como Sobreviver e Como se Libertar Dele | Tudo Sobre Recursos Humanos | Elliott Scott BR

Ambiente de Trabalho Tóxico: Como Sobreviver e Como se Libertar Dele

Para aquelas pessoas que trabalham em empregos tradicionais é quase certo que a sua permanência no ambiente de trabalho dure de 4 a 8 horas, quando não de 12 a 14 horas.

E não é segredo para ninguém que trabalhamos cada vez mais, seja presencial ou remotamente, e passamos mais tempo nos nossos empregos do que fora deles.

No entanto, ao contrário dos tempos passados, quando éramos obrigados a trabalhar com aquilo que detestávamos, na grande maioria das vezes, hoje escolhemos minimamente onde e com o que iremos trabalhar.

Sendo assim, além dos desafios inerentes às nossas atividades profissionais, é importante estarmos em um ambiente profissional saudável, que pouco interfira no nosso dia a dia e não prejudique a nossa performance e muito menos a nossa saúde.

Porém, sabemos que nem sempre as coisas funcionam como gostaríamos e a realidade pode se mostrar muito mais desafiadora do que pensávamos.

O problema acontece quando o ambiente em que estamos inseridos profissionalmente nos causa dor e sofrimento…

O ambiente de trabalho tóxico

Quando trabalhamos em um ambiente tóxico, o nosso cotidiano tende a exigir um alto grau de sanidade e resiliência.

E por mais que a cultura corporativa moderna pregue a resiliência como um fator chave de sucesso, é importante entender qual é o preço direto e indireto a se pagar por ela.

Sinais de um ambiente de trabalho tóxico

Algumas profissões, atividades e áreas de atuação são mais desafiadoras do que outras, e ter que passar por momentos difíceis não deve ser, necessariamente, o motivo para que o dia a dia seja insuportável a ponto de causar dor e sofrimento.

Em determinados momentos, é normal que os desafios nos causem algum tipo de desconforto e frustração, mas viver em um ambiente continuamente tóxico é outra coisa.

Sendo assim, um dos primeiros sinais de toxicidade de um ambiente profissional é a falta de segurança psicológica. E geralmente, o responsável por garantir esse tipo de segurança é o líder da área.

Exemplo

Um exemplo clássico de gestor tóxico é o “morde e assopra”.

Eles podem ser respeitosos e cordiais com os gestores deles, mas agem com falta de educação e raiva para com os seus liderados, desprezando-os publicamente ou mesmo se comportando de forma inconstante.

“Se o seu líder criou um ambiente onde não se pode cometer erros, você estará sempre pisando em ovos e isso significa que você sempre estará se perguntando qual será a reação do seu chefe. E você sempre pensará que a reação dele será explosiva e colérica.”, diz Jessica Gallus, psicóloga organizacional e diretora de programas e parcerias da Forefront Suicide Prevention.

“O foco desse tipo gestão, que por consequência cria um ambiente tóxico, está no abuso, no ego, no poder, na imprevisibilidade e na autopromoção. Esse tipo de líder cria um contexto em que o trabalho é um jogo e os funcionários peões aos seus serviços.”, complementa Gallus.

Outros sinais de ambientes de trabalho tóxicos

  • Má comunicação;
  • Falta de objetivos claros;
  • Feedbacks;
  • Fofoca;
  • Dramaticidade;
  • Assédio sexual;
  • Assédio moral;
  • Baixa energia e vibração;
  • Intimidação;
  • Sentimento generalizado de impotência;
  • E falta de senso de pertencimento.

Em contrapartida, um ambiente de trabalho saudável promove a confiança, tem objetivos e avaliações claras, encoraja o desenvolvimento e a comunicação. Permite que os profissionais que fazem parte dele se sintam justamente isso, parte dele.

Além disso, permite com que riscos sejam assumidos sem o espectro prematuro da falha ou da fofoca.

É claro que nem tudo são flores em um ambiente saudável. Afinal, o sol nasce para todos, assim como as crises financeiras, competidores vorazes e toda a sorte de desafios corporativos.

Porém, toda e qualquer crise e toxicidade gerada por esses fatores são passageiros, diferente de um ambiente tóxico por natureza.

Consequências de um emprego tóxico: sofrimento ou desemprego

Todos nós, em maior ou menor grau, já nos sentimos infelizes no trabalho. E qual é o problema nisso? Nem tudo são flores, lembra? Afinal de contas, ter um emprego ruim é melhor do que não ter nenhum, certo? Nem sempre.

É importante saber identificar se você trabalha em um ambiente verdadeiramente tóxico ou se é apenas um momento de pressão e estresse momentâneo.

Se você chegar à conclusão de que trabalha em um ambiente tóxico, não se acomode, especialmente porque as consequências de um ambiente de trabalho desagradável e/ou abusivo costumam ser tão ruins ou até piores do que as mazelas causadas pelo espectro do desemprego.

Ansiedade, depressão, esgotamento físico e mental, crise de pânico, pensamentos obsessivos, insegurança, excesso de crítica e perda de autoconfiança estão entre as principais consequências de um ambiente corrosivo.

Além disso, frequentemente pessoas que trabalham em ambientes tóxicos acabam levando e contaminando pessoas queridas com essas energias negativas, muitas vezes estragando relações que antes eram saudáveis e frutíferas.

A síndrome do capitão planeta: vivendo em um ambiente tóxico

Vá ao RH

Uma das várias funções da área de Recursos Humanos é zelar pelo bem-estar dos colaboradores em todos os aspectos: físico, mental e legal.

Por isso, não se acanhe, e se achar que deve, peça ajuda. Explique a situação, sempre com fatos e dados à mão, e veja se há possibilidade de uma intervenção por parte do RH.

Não se frustre se as coisas não parecerem se resolver imediatamente. Nem sempre o RH tem poder de atuação direta e imediata, e no bem da verdade, todos os problemas de gestão tem mais de uma versão e precisam ser apurados, e isso pode demorar mais do que o desejado.

Confronte

Outra opção é confrontar diretamente quem transforma o ambiente de trabalho em um lugar tóxico. Ao contrário do que se possa pensar, essa não é uma ação física, tão pouco violenta, mas sim uma atitude que tem como objetivo estabelecer novos limites.

Uma coisa que nem sempre é dita sobre chefes tiranos e dementadores, é que muitos deles não tem a percepção de que são assim, e isso acontece por falta de comunicação das pessoas que estão ao seu redor, incluindo os seus geridos diretos.

Portanto, se a empresa onde você trabalha não tem protocolos ou rituais para esse tipo de conversa, crie um – e novamente, o RH pode ser um grande aliado nisso.

Desligue

Tão importante quanto as outras duas opções, você deve ser capaz de se desligar do seu trabalho caso perceba que ele está lhe influenciando de maneira negativa.

É importante manter a sanidade em dia, mesmo durante períodos de alto estresse e pressão.

Por isso, busque válvulas de escape saudáveis e evite com que o seu emprego seja a única coisa importante da sua vida.

Saindo de um emprego tóxico: contribuição e liberdade

Talvez você tenha conseguido um emprego melhor ou simplesmente não aguentou mais e decidiu pedir demissão.

Geralmente, quando passamos por experiências profissionais em ambientes tóxicos e estamos diante da tão aguardada hora de pedir demissão, podemos ser impelidos a esbravejar, desabafar e até temos vontade de passar dos limites e xingar meia dúzia de pessoas.

Respire fundo e relaxe.

Deixe tudo isso no campo do pensamento e mantenha uma postura profissional – e não se esqueça do processo de coleta de referências profissionais!

Mantenha sua dignidade intacta seguindo a etiqueta profissional ao dar a notícia do seu desligamento.

É de bom tom cumprir o aviso prévio (se houver e se for necessário). Termine os projetos que puder e agradeça ao seu gestor/empregador pelas oportunidades que a empresa proporcionou (mesmo que você tenha que dizer isso com os dentes e punhos cerrados).

Se a sua empresa tem um protocolo formal de desligamento, certamente eles têm a entrevista de desligamento, que nada mais é do que um espaço reservado para falar de forma resumida como foi a sua experiência na empresa durante o tempo que trabalhou lá.

Novamente, mantenha a calma e prossiga com cautela.

Preserve a sua boa reputação, mantenha-se calmo e concentre-se nas sugestões de melhoria para o futuro da empresa.

É importante entender que esse momento pode ser o divisor de águas para muitas pessoas que ainda trabalham e trabalharão onde você trabalhou.

Muitas e muitas mudanças corporativas foram implantadas devido às sugestões e insumos informacionais coletados em entrevistas de desligamento.

Portanto, encare esse momento como único. Um espaço aberto para que você possa contribuir para o crescimento, não só da empresa que você está deixando, mas das pessoas que trabalharam com você e ainda permanecem lá.

Por mais libertador que seja pedir demissão e ir para um novo desafio, tenha em mente que os efeitos nocivos de uma experiência profissional tóxica podem perdurar por um certo tempo.

Por isso é inteligente tirar férias, viajar, buscar ajuda em terapias e qualquer mecanismo que gere bem-estar físico, mental e emocional.

Como evitar um ambiente de trabalho tóxico

Autoconhecimento e responsabilidade

Algumas pessoas são especialmente atraídas por problemas que não têm solução ou que a solução terá um preço alto a se pagar.

São pessoas que não enxergam os avisos, não ouvem os conselhos e seguem apenas aquilo que acreditam.

E, depois de um certo tempo, refletindo sobre as suas escolhas profissionais, se dão conta de que deveriam ter escutado o colega, o amigo, o cônjuge sobre uma má escolha profissional.

Essa é umas das reflexões que eu mais escuto nas pessoas que compartilham comigo um pouco das suas trajetórias profissionais.

Nem sempre é possível identificar um ambiente tóxico antes de estar nele, mas permanecer nele e escolher repetidamente os mesmos ambientes, é sempre uma escolha individual.

Portanto, é importante se perguntar porque o endereço é diferente, mas o cenário é sempre o mesmo.

Perfeccionistas desacostumados a falhas, pessoas sensíveis, pessoas que dizem “sim” para tudo e que não estabelecem limites, são as mais propícias e vulneráveis a sentirem o peso de um ambiente tóxico.

Infelizmente, ambientes manipuladores tendem a se aproveitar de pessoas gentis e amáveis.

Por isso a reflexão sobre a responsabilidade sobre o próximo emprego é tão importante, especialmente se você acabou de sair de uma experiência de trabalho negativa.

Sendo assim, reserve um tempo para analisar seus próprios padrões e hábitos, a forma como se relaciona com seu trabalho e como você o faz, e como isso contribuiu para levá-lo ao esgotamento ou a uma situação tóxica permanente.

Faça uma lista e converse com funcionários

Antes de se comprometer com um novo trabalho, faça uma lista das características que você não deseja encontrar no seu próximo emprego.

Utilize essa lista como uma espécie de filtro para selecionar apenas os ambientes saudáveis e que lhe façam bem.

Outra ação importante a fazer antes de aceitar uma nova oferta de emprego é perguntar aos ex-funcionários (e até atuais) como é o dia a dia da empresa, como é a cultura e etc.

Busque informações em sites especializados como o Glassdoor e se for o caso, peça para frequentar por um dia o local onde vai trabalhar para entender realmente como é o seu possível novo ambiente de trabalho.

Fique alerta para um ou mais sinais mencionados abaixo, tanto para gestores quando empresas:

Sinais de chefes tóxicos

  • Comportamento “Morde e Assopra”;
  • Assédio moral (público e privado);
  • Comunicação colérica;
  • Comportamento inconstante;
  • Politização da área (subordinados são peões no seu jogo corporativo).

Sinais de culturas corporativas tóxicas

  • Comunicação pobre;
  • Políticas de avaliação e performance inexistentes;
  • Sem áreas de auditoria e compliance estruturadas;
  • Fofoca em excesso;
  • Escândalos de assédio sexual e assédio moral;
  • Senso de impotência por parte dos colaboradores;
  • Escândalos públicos (compliance, assédios, corrupção e etc).

Confira o bate papo que tivemos com Caroline Gonçalves, executiva de RH, sobre o papel do RH na gestão de líderes tóxicos.

Você também pode escutar a conversa que tivemos com a Caroline no nosso podcast, Na Sala de Entrevista.

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