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Crimes de discriminação e preconceito: qual o papel do RH? | Tudo Sobre Recursos Humanos | Elliott Scott BR

Crimes de discriminação e preconceito: qual o papel do RH?

Como temos acompanhado continuamente nos noticiários, crimes de discriminação, infelizmente continuam a ser um latente problema social em pleno século XXI. Mesmo com o avanço da tecnologia, que permite às pessoas estarem mais bem informadas, ainda observamos casos de preconceitos em muitos lugares, inclusive, no trabalho.

Uma pesquisa realizada pela InfoJobs, concluiu que quase 50% dos profissionais entrevistados já se sentiram discriminadas de alguma forma no trabalho, seja por sua cor, gênero, orientação sexual, religião ou outros.

Diante deste cenário, uma nova preocupação surge nas empresas: como evitar situações de preconceito? E mais, qual o papel da área de Recursos Humanos nos recentes episódios de crimes ligados a preconceito de diversos tipos?

Vamos lembrar qual o papel do RH

Inicialmente, é importante lembrarmos qual o papel da área de Recursos Humanos nas empresas.

Muitas vezes, devido à quantidade de tarefas no dia a dia, acabamos esquecendo qual a primeira razão de existir da área de RH: cuidar do principal recurso das empresas – as pessoas!

É totalmente compreensível que algumas atividades fiquem em segundo plano, sobretudo no cenário atual. No entanto, não podemos negligenciar a urgente situação do preconceito e deixar de trabalhar para que ele seja colocado em evidência e combatido em nossas empresas.

Não dar espaço para o preconceito

Lamentavelmente, é comum ouvirmos falar de casos de preconceito nas empresas. Há pouco tempo, uma notícia chocou o Brasil, após a divulgação de uma ação preconceituosa envolvendo a empresa Zara.

Apesar da repercussão deste episódio, sabemos que este não foi o primeiro e, infelizmente, não será o último caso de discriminação. Mas, apesar disso, não podemos nos manter inertes e concluirmos que situações comuns sejam consideradas normais, pois não o são.

Assim, a área de Recursos Humanos deve liderar na empresa uma verdadeira ação de combate a todo e qualquer tipo de preconceito, iniciando da alta liderança até que atinja todos os cargos e cada pessoa que faz parte da organização, individualmente.

Não podemos tolerar atitudes preconceituosas, desde aquelas brincadeiras tidas como inofensivas até os processos de contratação e promoção, que não promovam a diversidade e a equidade entre os diferentes tipos de profissionais.

Consolidar uma cultura de combate ao preconceito

A Cultura Organizacional é um dos fatores mais fortes e mais importantes dentro de uma empresa. Desse modo, é indispensável que o combate ao preconceito esteja firmemente enraizado na Cultura Organizacional.

De nada adianta um conjunto de valores que preze pela diversidade se isso não for vivido na prática. Sendo assim, antes de ser uma responsabilidade da área de Recursos Humanos, a valorização da diversidade deve partir da alta liderança, que aqui entre nós, devem ser os verdadeiros guardiões e multiplicadores da Cultura de uma organização.

Mas, como isso pode ser feito?

A cultura se consolida nos comportamentos observados no dia a dia. Isso significa que a valorização da diversidade deve ser percebida em tudo o que for feito na empresa.

Pense por um instante: de que adianta a empresa estampar em sua parede que valoriza a diversidade e não contrata nenhum colaborador PCD, por exemplo?

Reveja suas políticas internas

Após estabelecer uma Cultura de Diversidade é indispensável que se reveja todas as políticas organizacionais. Aqui, a área de Recursos Humanos terá um destaque muito especial.

Muitas vezes, as empresas possuem políticas e diretrizes antigas e que foram elaboradas para outro contexto de ambiente, totalmente diferente do que estamos vivemos agora.

Desse modo, é preciso analisar detalhadamente todas as políticas e diretrizes de cada uma das áreas e assegurar que nelas não haja espaço para ações preconceituosas e discriminatórias.

No caso específico da Zara, a grande questão se deu por uma política mal estruturada e que dava margem ao preconceito. E percebemos a repercussão negativa do ocorrido.

Dessa forma, o RH precisa ter um olhar atento a cada detalhe, pois muitas vezes alguns pontos e tratamentos discriminatórios podem passar despercebidos para muitas pessoas que não estão calçando os sapatos de determinadas tribos e, consequentemente, não sabem como é  estar naquele lugar de fala.

E obviamente, as políticas de Recursos Humanos devem ser claramente inclusivas. Digo mais, a diversidade precisa começar dentro do próprio RH para que essa área possua diferentes mentes, com distintas realidades e vivências que contribuam para esse olhar diante de toda a organização e suas nuances.

Além disso, olhe para a sua área e verifique:

– Quais os critérios para as promoções atualmente seguidos pela empresa?

– Como está a organização de cargos e salários?

– Como acontece o processo de Recrutamento e Seleção? Quais são as fases desse processo e como é feita essa triagem de profissionais?

– Há a possibilidade de treinamento e desenvolvimento pessoal e profissional?

E lembre-se, a inclusão deve ser percebida em todos os processos da empresa, desde o momento em que o candidato inicia um processo seletivo até o seu desligamento.

Invista em Treinamento e Desenvolvimento

Uma das principais responsabilidades da área de Recursos Humanos é o Treinamento e o Desenvolvimento das pessoas.

Nesse ponto, é importante notarmos que muitas vezes atitudes preconceituosas não acontecem por um ato ’voluntário’, e sim por uma cultura discriminatória a que a pessoa esteve exposta e inserida por anos, é o que chamamos muitas vezes de ‘vieses inconscientes’, ou seja, temos atitudes e julgamentos discriminatórios sem nem ao menos termos a consciência de que estamos sendo preconceituosos.

A área de Recursos Humanos deve olhar atentamente para estas situações e promover o desenvolvimento contínuo das pessoas, inclusive promovendo debates internos e dando voz àqueles que estão em diferentes lugares de fala. A melhor forma de crescimento de uma empresa e das pessoas é através da informação. Sim, é necessário promover esses encontros para falar sobre a diversidade, realizar palestras e campanhas que deixem claras a postura da empresa sobre o tema.

De pouco adianta a empresa rever todas as suas políticas, como falamos acima, e não ensinar as pessoas a agirem corretamente. Por isso, o treinamento é etapa fundamental.

Por fim, seja firme em relação a punição de atitudes preconceituosas, puna o preconceito, pois isso é crime. Sabemos que atitudes preconceituosas podem ser criminalizadas, trazendo prejuízos não apenas para o infrator, mas também para a reputação e os resultados da empresa.

No entanto, não podemos deixar apenas por encargo da Lei punir atitudes preconceituosas, afinal, nem todas as situações terão como resultado um processo judicial.

Assim, na revisão das políticas devem estar claras as punições organizacionais dadas a quem agir assim: desde uma orientação formal até o desligamento do funcionário por justa causa.

E mais: a empresa deve garantir que esta atitude seja seguida por todas as pessoas e empresas parceiras envolvidas com o seu negócio: desde seus fornecedores até os seus prestadores de serviço.

Espero que estas reflexões te ajudem a desenvolver políticas internas de combate ao preconceito e valorização da diversidade em sua empresa.

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Certamente, ainda tempos muito a aprender e podemos fazer isso juntos.

Amplie a discussão desse tema, faça esse artigo chegar a mais profissionais de Recursos Humanos. Vamos trocar nossas experiências!

Um abração,

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